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Projeto Mudar de Vida

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Como vencer o conformismo

Acho que todos temos uma ideia do que é o conformismo e de que não é coisa boa.

Quando penso em conformismo, a imagem que tenho é a de uma espécie de molde, que constantemente nos aperta e nos tenta dar a sua forma. Nos tenta moldar a um comportamento, a uma maneira de pensar, a uma situação…

Estás a imaginar o que os baldes das crianças fazem na areia molhada da praia? Ou aquelas formas de estrela do mar, ou de caranguejo? Pois, é mais ou menos essa a ideia.

Ainda assim, quis perceber melhor o que é isso de conformismo. Fui ver ao dicionário.

Diz que conformismo é o ato de se conformar; a tendência para se conformar facilmente; para aceitar uma situação indesejada sem se opor; passividade. Sim, pensei, parece que bate certo com a ideia geral.

Mas depois, procurei por conformar e encontrei o seguinte: tornar conforme, ajustar, amoldar.

Amoldar. O que significa amoldar? Precisamente: ajustar ao molde.

Quando nos conformamos ou vivemos no conformismo, na prática estamos ajustados a um molde. Aceitamos viver assim sem nos opormos.

Se estamos insatisfeitos mas não fazemos nada para alterar a situação, cada vez o molde aperta mais, e mais tomamos a sua forma.

Na nossa vida profissional passa-se o mesmo. Mas, em muitas das situações, deixar de viver assim é uma escolha nossa.


Mas então o que fazer para sair do conformismo que te vai mantendo nessa insatisfação constante?

Temos que nos transformar, mudar a nossa forma, não deixar que nos ajustem a nenhum molde.

Temos tendência para evitar a dor e para nos mantermos numa certa zona de conforto. Mas neste caso, o conforto nem sequer é assim tanto. Então qual a razão para não fazermos nada para mudar?

Transformar-nos implica dor, um esforço contínuo e muito trabalho. Implica fazer diferente e muitas vezes sair para mares nunca dantes navegados.

Transformar-nos não é fácil, mas é preciso. É a única maneira de sair da insatisfação e de conseguir fazer a mudança que tanto desejamos.

Se sentes que estás nesta situação, deixo-te algumas sugestões que espero possam ajudar-te a vencer esse conformismo.

Vamos a isso?!

1. Reconhece a situação em que estás

Claro que apenas reconhecer o problema não serve de nada. A ideia aqui é identificar as situações que devemos mudar.

Exemplos de conformismo:

  • Estás insatisfeito(a) com a tua situação profissional mas pouco ou nada fazes para mudar.
  • Queixas-te muito e arranjas muitas desculpas, mas ages pouco e foges à responsabilidade de encontrar uma solução.
  • Deixas que a tua baixa auto-estima e as dúvidas acerca das tuas capacidades limitem a tua vida.
  • Falta-te um plano de ação, com metas e objetivos, para tentar resolver os teus problemas.
  • Continuas a fazer as mesmas coisas de sempre, mas esperas que por milagre os resultados sejam diferentes.

O reconhecer das várias formas que o conformismo tem na nossa vida, deve ser usado como impulsionador das ações para as corrigir.

Se tens maus hábitos que te levam o tempo e a energia que precisas de usar na tua mudança, tens de conseguir alterá-los. Hei-de abordar este tópico de uma forma mais detalhada para te tentar ajudar.

2. Muda a tua mentalidade

A pessoa que tem tendência para o conformismo não tem grande reação perante as adversidades. Tem sempre muitas desculpas para não agir. Por estranho que pareça, não vê ou não quer ver as suas capacidades, prefere a preguiça e a vitimização.

Para mudares a tua vida, tens que mudar a tua mentalidade. É uma transformação interna que depois tem que resultar em transformação exterior. É preciso mudar a forma de pensar para mudar a forma de agir.

Para vencer o conformismo, tens que deixar de usar as muitas desculpas habituais para a inação, e transformar-te numa pessoa de ação.

Por vezes, precisamos de mudar a forma como lidamos com o que nos foi ensinado, e com a pressão dos outros para termos determinado comportamento. Por vezes, é preciso mudar aquilo em que acreditamos, até acerca de nós.

Durante alguns anos corri com regularidade. A forma de conseguir encaixar a corrida no meu dia era sair de casa às seis da manhã, estivesse a chover ou a fazer sol. Levantar-me da cama cedo nunca foi um problema grande, porque tinha o objetivo muito claro na minha cabeça.

A certa altura tive que parar por causa de uma lesão, e nunca mais retomei da mesma forma. Mas os projetos continuaram, e aquele período da manhã ainda era o ideal para ocupar com isso. O objetivo é que já não estava tão claro na minha cabeça e tive muitas dificuldades em agir.

Lembro-me de ter andado à procura de estratégias para conseguir sair da cama como fazia antes. Foi difícil, mas por fim lá consegui, e passou por uma mudança de mentalidade. Conto-te esta história noutra ocasião porque acho que vale a pena.

3. Faz um plano virado para a ação

É difícil sair do marasmo se não tiveres um objetivo. Tentar ter algum controlo da nossa vida é importante para aumentarmos a confiança e a motivação.

Mesmo que ainda não saibas qual vai ser a tua nova atividade profissional (acontece a muita gente), podes definir objetivos na mesma, e fazer um plano para os atingir.

Pensa no que gostavas de aprender, ou em que área gostavas de te desenvolver, e planeia a forma de lá chegar.

É importante quebrar o ciclo, mudar a rotina.

Sugiro que faças um plano com objetivos definidos e metas intermédias. Deves definir as ações necessárias e decidir os prazos. Depois, procura ser muito consistente na execução.

Mesmo com um plano, se a situação de apatia e falta de vontade para agir for mesmo muito difícil de vencer, vais ter dificuldades em começar a executá-lo.

Nesse caso, recomendo que definas ações muito pequenas e rápidas de executar. E que tornes a primeira ação do dia a mais agradável de todas. Obriga-te a fazê-la, não falhes.

Vais ver que depois da primeira sensação de dever cumprido, vais sentir-te mais motivado(a) para a próxima, e para a seguinte, e para a que vem depois.

Com o tempo, vais criar o hábito de agir e vais conseguir fazer tarefas mais longas e difíceis.

4. Aprende e desenvolve as tuas capacidades

O conformismo pode manter-se porque nos consideramos incapazes de fazer alguma coisa. Mas isso tem solução: podemos aprender.

Faz um plano de desenvolvimento das tuas capacidades, algo que faça sentido para ti. Não sejas mentalmente preguiçoso(a).

Outro aspeto importante deste desenvolvimento pessoal são as companhias. “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.”

Se queremos evoluir e ser desafiados, temos que nos juntar a quem é melhor do que nós, a quem nos pode desafiar e fazer crescer. Se és o(a) “sábio(a)” do teu grupo de amigos(as), está na hora de arranjar outro grupo!

“Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar”. Se passares o dia a ver televisão em vez de ler, estudar, praticar… o resultado final nunca poderá ser a mudança que procuras.

5. Faz do sofrimento um impulsionador

Os sofrimentos do dia-a-dia, as contrariedades, as injustiças, podem ser muito difíceis de suportar. Às vezes, até mais do que as situações, são as pessoas que nos magoam ou maltratam.

Mas o que está isto a fazer contigo? Está a deitar-te abaixo, a desmoralizar-te, a deixar-te sem ação?

Desculpa a expressão. Levar muita porrada pode ter dois resultados: arrastar-nos para o conformismo e para termos pena de nós próprios, e isso como já sabes não resolve nada; ou pode alimentar-nos a revolta interior, que nos faz andar para o caminho certo. Temos que apontar para a segunda opção!

Usa o medo de passar o resto da vida num trabalho que não gostas como energia para te pôr a mexer. Transforma o teu sofrimento em determinação, os teus problemas em garra para avançar!

6. Gere melhor o teu foco

O foco é um tema vasto e pode ter vários significados. Por isso, quando falo em aqui foco, é no sentido de ter um objetivo, ter um propósito, e tê-lo sempre presente.

Sem objetivos porque lutar, os dias passam sem dares por eles. Sem objetivos, o conformismo torna-se um ditador. Temos que ter objetivos, e temos que nos focar neles. Quando escolhemos mudar, mudar tem que ser o nosso foco principal.

Um atleta para conseguir resultados desportivos significativos, tem que se dedicar a esse objetivo intensamente, e tem que se sacrificar muito. Para além do sacrifício do treino, que implica muita dor física e mental, tem que abdicar de uma série de coisas que para nós às vezes são banais.

Os tempos livres das outras pessoas, por vezes são as horas de treinar dos atletas, e depois é preciso descansar para recuperar. Por isso é muito difícil conciliar horários para estar disponível para a família e para os amigos.

A vida de um atleta é exigente. Mas também é uma escolha. Tal como querer mudar.

Manter os olhos no objetivo em todos os instantes, é essencial para vencer o conformismo e ir avançando na nossa mudança.

7. Gere melhor o teu tempo

Quando digo que temos que gerir melhor o nosso tempo, estou a falar de sermos muito intencionais na forma como o usamos.

Um dia tem 24 horas e nós somos responsáveis pelo que fazemos com elas. Mesmo que grande parte seja ocupada com tarefas que nos são impostas, há sempre alguma parte, por mais pequena que seja, que somos nós que controlamos.

Se queremos mudar, temos que usar o tempo com tarefas que nos levem à mudança que perseguimos. É isso que estamos a fazer? Ou é scroll infinito no Facebook, jogos online, ou televisão?

Eu tenho a tendência para fazer as coisas devagar. Nestes dias tenho andado a esforçar-me por fazer bem, mas mais depressa. E para isso é preciso ser intencional.

Normalmente em tarefas que não exigem grande concentração, como lavar a loiça ou arrumar a casa, a cabeça vai para longe. E com isso vem a lentidão…

Apesar de continuar a divagar, que também é bom para pôr os pensamentos em ordem, tenho tentado ser mais consciente do que preciso: ser mais rápido.

Com esta estratégia simples, podes ganhar minutos ou horas ao longo do teu dia.

8. Gere melhor a tua energia

A falta de energia é um dos grandes inimigos da mudança, e um dos melhores aliados do conformismo. Quando estamos cansados, física ou mentalmente, é mais fácil ceder ao desânimo, à indiferença, à apatia, à preguiça…

Para resistir melhor ao “deixa andar”, temos que tentar manter a nossa energia alta ao longo do dia. Ela não é infinita, por isso há que tentar empurrar a quebra para o mais tarde possível.

É preciso encontrar as estratégias certas para gerir as nossas atividades, tudo de uma forma que nos permita economizar e recuperar a nossa energia.

Dormir as horas necessárias à tua recuperação é importante para teres mais energia. Comer de forma saudável a intervalos regulares, e beber água frequentemente também ajuda bastante.

Eu tenho que melhorar esta parte. Termino o pequeno-almoço muito cedo, e depois acabo por comer outra vez muito mais tarde, quando já estou em fraqueza e me dói a cabeça. Isso é mau para o rendimento.

O exercício físico moderado também ajuda a aumentar a tua energia. Limpa a cabeça e dá um bem-estar que te ajuda a relaxar e a ver a vida de outra maneira.

9. Não deixes que os dias maus te levem ao desânimo

Há dias que parece que estão destinados a correr mal. Acordamos mal dispostos, com o estado de espírito para baixo. Por mais que queiramos, parece que não saímos dali.

Procuramos essa saída em algo que nos traga algum conforto. Ou então rendemo-nos e pronto. Comemos uma caixa de gelado inteira, um daqueles chocolates de 300 gramas, ou refugiamo-nos noutras coisas menos culinárias.

Mas para bem da nossa vitória sobre o conformismo, convém que estes sejam casos isolados e não uns dias atrás dos outros.

Confesso-te que esta coisa de rotina, e de estar fechado em casa, já me está a mexer com o sistema. Noto claramente que ando mais nervoso, mais impaciente e com falta de vontade para trabalhar. Mas é preciso resistir! E sem dúvida que estou a escrever isto também para mim!

Tinha um amigo que costumava dizer: “Não percebo essa malta que quando lhe está a dar para o desânimo ouve música deprimente! Eu nesses dias ouço música que me anime, que me ponha o espírito para cima.”

Acho que ele tem razão. Temos que reagir e evitar entrar numa espiral descendente.

10. Inspira-te nas histórias de quem conseguiu

Outra forma de vencer o conformismo que nos impede de fazer a nossa mudança profissional, é retirar inspiração de casos bem sucedidos.

Procura casos de mudanças de sucesso para te animares a seguir-lhes os passos. Ou até a inovar e fazer diferente. Tenta perceber como fizeram, como deve ter sido difícil mas foi possível. Como se montou o projeto e como funciona.

Saber como fizeram para ultrapassar os obstáculos, muitos deles iguais aos teus, é inspiração para tu próprio(a) atacares os problemas, porque também queres chegar lá.

Procura referências na tua área e tenta perceber as suas histórias. Contacta-os e faz perguntas, não tenhas vergonha. Podes até ser surpreendido(a) com as respostas.

11. Não deixes o COVID-19 pôr a tua vida em pausa

Por último, uma nota extra atendendo à situação de pandemia em que vivemos.

O COVID-19 veio transformar as nossas vidas de muitas maneiras. E uma das áreas mais afetadas, e que traz grande impacto, é precisamente a área profissional.

Se houve muitos que tiveram que se adaptar, mas podem trabalhar em casa, outros não têm essa possibilidade. Há quem mantenha o emprego mas já esteja em grande dificuldade financeira, e outros que infelizmente já estão desempregados.

O COVID-19 já fez muita coisa com as nossas vidas, mas uma coisa que não fez, foi pô-la vida em pausa.

Apesar de parecer que esse pensamento está instalado, e que estamos numa espécie de espera. Que depois de isto tudo acabar, então poderemos retomar a normalidade. A verdade é que o tempo continua a passar. Apesar de tudo o que está a acontecer, continuamos a ter que viver as nossas vidas.

A meu ver é perigoso passar para o modo de “espera”. É perigoso ceder ao conformismo do COVID-19.

Se é indiscutível que a situação nos traz muitas dificuldades, também pode trazer oportunidades. Se queres mudar a tua vida profissional, porque não agir já?

Se ainda te falta clareza sobre isso, aproveita este tempo para descobrir o que queres fazer no futuro. Se já sabes o que queres, aproveita para planear, para testar, para procurar oportunidades que também possam surgir de tudo isto.

Não vamos adiar a nossas ações para quando a normalidade voltar. A nossa vida não está em pausa!


Depois de abordar de forma resumida todos estes assuntos à volta do conformismo, diz-me p.f. qual gostavas que desenvolvesse mais.

Deixa o teu comentário abaixo e diz-me de tua justiça. E se ainda não o fizeste, subscreve a newsletter. Obrigado!

E lembra-te: não te conformes, transforma-te!

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